sexta-feira, 15 de junho de 2012

A escrita no Egito Antigo - Ensino Médio


A escrita do antigo Egito era chamada de hieroglífica (vem do grego “hieróglifo”, que significa sinal sagrado) e era primitivamente pictográfica, isto é, cada símbolo representava um objeto. Essa escrita era constituída de mais de seiscentos caracteres.
Além da escrita hieroglífica, os egípcios usavam dois outros sistemas de escritas. A escrita hierática, que era organizada em formato cursivo e usada para fins comerciais; e a escrita demótica, que foi usada nos últimos períodos, pois era uma forma mais simples e mais popular da escrita hierática.
O francês Jean-François Champollion (considerado o pai da egiptologia), professor de História da Universidade de Grenoble, na França, foi quem conseguiu pela primeira vez, em 1822, traduzir um texto em hieróglifos, gravado na famosa pedra de Roseta. A pedra foi encontrada na cidade de Roseta, por acaso, durante uma expedição de Napoleão Bonaparte, em 1799, ao Egito.
pedra de Roseta possuía, além da escrita hieroglífica, uma escrita em caracteres demóticos e outra escrita em grego antigo. Na pedra havia um decreto do Rei Ptolomeu V e o que possibilitou a sua interpretação foi a comparação da escrita grega com as escritas correspondentes em demótico e em hieróglifos. Através dessa descoberta iniciou-se uma nova fase no estudo da história do Egito, a partir do século XVIII.

Por Lilian Aguiar
Graduada em História
Equipe Brasil Escola

Egito Antigo - Ensino Médio


No processo de formação das primeiras civilizações, a região do Crescente Fértil foi um importante espaço, na qual a relação de dependência do homem em relação à natureza diminuía e vários grupos se sedentarizavam. A domesticação de animais, a invenção dos primeiros arados, a construção de canais de irrigação eram exemplos de que a agricultura viria a ocupar um novo lugar no cotidiano do homem. Mais do que isso, todo esse conhecimento foi responsável pela formação de amplas comunidades.
Entre todas essas civilizações, o Egito destacou-se pela organização de um forte Estado que comandou milhares de pessoas. Situada no nordeste da África, a civilização egípcia teve seu crescimento fortemente vinculado aos recursos hídricos fornecidos pelo Rio Nilo. Tomando conhecimento do sistema de cheias desse grande rio, os egípcios organizaram uma avançada atividade agrícola que garantiu o sustento de um grande número de pessoas.

Além dos fatores de ordem natural, devemos salientar que a presença de um Estado centralizado, comandado pela figura do Faraó, teve relevante importância na organização de um grande número de trabalhadores subordinados ao mando do governo. Funcionários eram utilizados na demarcação de terras e cada camponês era obrigado a reservar parte da produção para o Estado. Legumes, cevada, trigo, uva e papiro estavam entre as culturas mais comuns neste território.

Observando as grandes construções e o legado do povo egípcio, abrimos caminho para um interessante debate de cunho histórico. Tomando como referência as várias descobertas empreendidas no campo da Astronomia, Matemática, Arquitetura e Medicina, vemos que os egípcios não constituíram simplesmente um tipo de civilização “menos avançado” que o atual. Afinal de contas, contando com recursos tecnológicos bem menos avançados, eles promoveram feitos, no mínimo, surpreendentes.



Por Rainer Sousa
Mestre em História 

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Filmes sobre Pré-História

  A Guerra do Fogo (brilhante recriação de época, com cuidadoso trabalho de maquiagem e de linguagem. uma tribo vive em torno de uma fonte natural de fogo. quando o fogo se extingue, três dos membros saem em busca de uma nova chama. excelente filme de Jean-Jacques Annaud)






  A Era do Gelo (primeiro filme da ótima série de desenhos co-dirigidos pelo brasileiro Carlos Saldanha. uma preguiça, um tigre de dentes-de-sabre e um mamute encontram um bebê humano e passam por uma série de aventuras até levá-lo aos pais. destaque para o esquilo Scrat em sua incansável busca por uma noz)




  Em Busca do Vale Encantado (animação produzida por Steven Spielberg e George Lucas em 1988. um grupo de dinossauros órfãos de diferentes espécies, cruza uma terra cheia de perigos em busca de um local seguro para viverem)











O surgimento do ser humano e os períodos pré-históricos (Ensino Médio)

Um dos mais fascinante mistérios da Pré-história é o surgimento do ser humano. Até 1859, apenas livros religiosos, como a Bíbliam, davam resposta a esse enigma, naturalmente em sua linguagem simbólica. Nesse ano, o naturalista inglês Charles Darwin publicou seu livro "A origem das espécies", apresentando evidências de que as espécies animais são capazes de modificações gradativas, ou de evolução, através do tempo, de modo que novas espécies possam surgir.

Ele também demonstrou que as modificações são determinadas pela Lei da Seleção Natural, segundo a qual, na acirrada competição que os seres vivos travam pela sobrevivência, prevalecem aqueles que melhor se adaptam ao meio específico em que vivem. Dessa maneira, as características que contribuíram para a sobrevivência de cada espécie são preservadas e transmitidas para as gerações futuras.

Por uma questão de justiça histórica, não se pode deixar de mencionar que o também inglês Alfred Russel Wallace havia chegado às mesmas conclusões de Darwin - e exatamente na mesma época. No entanto, por uma gentileza característica dos cavalheiros britânicos, permitiu que Darwin publicasse antes o seu livro e recebesse todos os méritos da descoberta, ficando Wallace em segundo plano.


A origem das espéciesA partir dessas idéias, de observações e de estudos de material fóssil, além de experiências, os cientistas puderam traçar a linha de evolução dos seres vertebrados, afirmando que teriam surgido no mar, de organismos menores. Entre os primeiros vertebrados estariam os peixes, em seguida os anfíbios, e na seqüência, os répteis, as aves e os mamíferos.

Entre os mamíferos, teria aparecido, há cerca de 13 milhões de anos, a ordem dos primatas, que inclui atualmente os macacos e os homens. Para percorrer a distância entre os primatas mais simples, através da seleção natural, e o homem, foram necessários milhões de anos.


Os primatasA espécie de primata com características mais próximas das da espécie humana de que se tem notícia é a do Ramapithecus, que existiu há 13 milhões de anos. Foi sucedida pelo Australopithecus (cerca de 4 milhões de anos atrás), contemporâneo do Homo habilis, surgido há aproximadamente 2,3 milhões de anos.

Há cerca de 1,5 milhão de anos, tendo predominado o gênero Homo sobre o Pithecus, a espécie do Homo erectus floresceu, com postura e dimensões do cérebro próximas das do homem atual. Dessa espécie, os dois exemplares mais célebres foram aquele descoberto em 1891 por Eugéne Dubois em Java, batizado Pitecantropo de Java, e o que foi achado em Pequim, China, conhecido como Sinantropo pequinense.

Acredita-se que o local de origem do Homo erectus tenha sido a África centro-oriental, de onde ele teria saído (por razões desconhecidas) para povoar o mundo, chegando primeiramente à Ásia e à Europa. Mas sobre essa expansão, como também a respeito de sua chegada ao continente americano, os estudiosos possuem muitas dúvidas e poucas certezas.


O Homo sapiensO Homo sapiens, surgido entre 400 mil e 100 mil anos atrás é um dos últimos elos da corrente da espécie a qual todos nós pertencemos. Suas origens ainda não estão totalmente explicadas. Uma das teorias afirma que os seres humanos modernos (Homo sapiens sapiens) evoluíram ao mesmo tempo a partir de populações primitivas da África, Ásia e Europa, misturando-se uns aos outros geneticamente.

Segundo os defensores dessa corrente, isso se justifica pelo fato de que, em determinadas regiões, populações humanas modernas possuem algumas estruturas anatômicas semelhantes a populações de Homo erectus que ali viveram no passado.

Uma outra hipótese sustenta que uma pequena população relativamente isolada de seres humanos primitivos da África evoluiu até o Homo sapiens moderno e de lá se espalhou pela Europa, Ásia e restante do continente africano, desalojando as populações humanas primitivas que encontrava em seu caminho. Os cientistas defendem suas idéias baseando-se na análise do DNA de células de seres humanos de diferentes localidades do planeta.

Independentemente de qual teoria esteja correta - se é que alguma delas está -, o fato é que os mais antigos fósseis já encontrados de seres humanos modernos datam de 130 mil anos e foram localizados na África. E de todas as espécies, o Homo sapiens sapiens foi a única que se espalhou e conquistou os cinco continentes do nosso planeta.


Períodos da Pré-história humanaDo mesmo modo como a história foi dividida em períodos ou idades (Antiga, Média, Moderna e Contemporânea), os estudiosos realizaram uma periodização da Pré-história, embora esta seja constantemente questionada. A primeira periodização foi formulada pelo dinamarquês Christian Thomsen, num livro publicado em 1836. Segundo ele, a Pré-história se dividida em:


Idade da Pedra Lascada,

Idade da Pedra Polida,

Idade do Bronze e

Idade do Ferro.

Essa classificação foi depois substituída pela do inglês John Lubbock, que chamou de Paleolítico e de Neolítico o que, respectivamente, Thomsen denominara idade da Pedra Lascada e idade da Pedra Polida. Lubbock subdividiu, ainda, cada um dos períodos em fases inferior, média e superior.

Atualmente, as duas classificações em geral são combinadas. Entretanto, os estudos pré-históricos propriamente ditos tendem a considerar mais os dois primeiros períodos, Paleolítico e Neolítico, do que os períodos subseqüentes.


Técnicas e utensíliosAs duas classificações se baseiam nas técnicas ou nos utensílios inventados pelo homem nas épocas focalizadas. Assim, quando se fala em Paleolítico (ou idade da Pedra Lascada), têm-se em vista instrumentos rudimentares de pedra, de madeira ou de osso. E, ao falarmos em Neolítico (ou idade da Pedra Polida), referimo-nos a instrumentos feitos com os mesmos materiais, porém mais sofisticados e mais elaborados.

Em 1936, os estudos do cientista Vere Gordon Childe abriram novos caminhos para uma melhor com preensão da Pré-História. Ele propôs que esses períodos fossem considerados etapas da evolução do homem, que não se excluíam entre si, superando-se através de novas formas de produção.


Paleolítico: caçadores nômadesAceitando a designação de Lubbock e as propostas de Childe, o período Paleolítico compreenderia os anos entre 4 milhões a.C. e 12000 a.C. Suas características são o nomadismo e a subsistência baseada na caça, mas também voltada para a pesca e a coleta de vegetais.

Durante a caçada, os animais eram forçados em direção a desfiladeiros sem saída ou rumo a abismos, quando então caíam em armadilhas feitas em covas, onde havia paus pontiagudos. Como camuflagem, o homem dispunha principalmente de disfarces com peles e chifres de animais.

Os instrumentos ou ferramentas usados cotidianamente eram de pedra, de madeira ou de osso, moldados a partir de golpes de um material mais resistente contra outro menos resistente. Essa técnica podia chegar a alguma sofisticação, com objetos tendo apenas uma de suas faces lascada ou afiada para tornarem-se mais adequados. São dessa época os "machados de mão", pedras trabalhadas para se tornarem cortantes, sem cabo.


Arte rupestrePouco se sabe sobre a quantidade populacional no Paleolítico, principalmente em virtude do nomadismo. Calcula-se, por exemplo, que em toda a área da atual Bélgica viviam apenas 400 pessoas. De acordo com sepulturas e esqueletos fossilizados nelas encontrados, imagina-se que a média de idade dos seres humanos no fim do período era de 26 anos.

No plano artístico, é comum associar-se a arte à religião durante o Paleolítico, embora haja teorias atribuindo ao aumento demográfico o surgimento de tempo ocioso, empregado em pintura e em escultura. De qualquer modo, a arte pré-histórica ou rupestre refletia as preocupações de subsistência, através de representações da caça e da fertilidade (da terra e da mulher).


Neolítico: a revolução da agriculturaSupõe-se-se que a humanidade tenha entrado num segundo estágio de sua evolução cultural entre 12000 a.C. e 6000 a.C., com a descoberta da agricultura, que passou a ser a principal fonte de subsistência. A agricultura levou ao sedentarismo e, simultaneamente, às primeiras tentativas de domesticação de animais (supõe-se que com cabras, porcos e carneiros, em regiões da Ásia).

Os utensílios multiplicaram-se. Já não se tratava de simples "machados de mão" ou clavas, mas sim de vasos, estatuetas, fusos, contas, pilões. Surgiu também uma das peculiaridades do Neolítico: a cerâmica, possivelmente criada a partir do revestimento de betume que se colocava no interior de cestas de fibra para torná-las impermeáveis e próprias para o transporte de líquido. A resistência do betume, permanecendo após o desgaste das fibras, explicaria a tese.


Advento da escritaO sedentarismo teria permitido também o aumento populacional e o surgimento de organizações sociais mais complexas, inclusive ocorrendo uma divisão social do trabalho e uma especialização de funções. Estudiosos admitem a existência de um poder organizado, com autoridades temporais e/ou religiosas.

A etapa posterior é conhecida como Idade dos Metais, com o domínio de técnicas de manipulação do cobre e do bronze por parte do homem. É quando ocorre o surgimento de cidades, processo que Gordon Childe chama de Revolução Urbana. Por fim, veio o advento da escrita, que encerrou a Pré-história.



  • Extraído : http://educacao.uol.com.br/historia/pre-historia
  • Pré- História (Ensino Médio) - Entenda o conceito e veja quadro das eras geológicas

    Considera-se a Pré-história como o período que compreende a atividade humana desde suas origens até o surgimento da escrita. Emprega-se essa denominação desde o século 19, pois, naquela época, acreditava-se que a história de qualquer sociedade só poderia ser documentada através da escrita.

    Hoje, para os historiadores, outras fontes, como as imagens ou os relatos orais, são tão importantes quanto a escrita no processo de resgate da história de um povo ou uma sociedade. De qualquer maneira, para delimitar os períodos, o advento da escrita passou a marcar o início da história. Portanto, as sociedades que não dominavam essa técnica ficaram conhecidas como pré-históricas e aquelas que sabiam ler e escrever passaram a ser chamadas de sociedades históricas.


    Convém lembrar, no entanto, que a escrita não surgiu a um só tempo em todo o mundo. Enquanto alguns povos do Oriente Médio, como sumérios eegípcios, chegaram à técnica da escrita há mais de 5 mil anos, muitos povos da Europa só o fizeram com a expansão do Império Romano, ocorrida a partir da metade do século 1 a.C.



    Aborígenes e indígenas
    Além disso, ainda hoje existem agrupamentos humanos que desconhecem a escrita: sua vida social organiza-se em moldes mais próximos daqueles do homem de Cro-magnon do que dos nossos. Esse é o caso dos aborígines que habitam o interior da Austrália e de alguns povos indígenas do Brasil. A idéia de uma Pré-história, nesse sentido, aplica-se melhor a um estágio das civilizações do que a uma determinada época.

    Assim, entendemos melhor a Pré-história em seu aspecto social, ao pensarmos em agrupamentos humanos e não em sociedades complexas; em seu aspecto cultural, ao nos referirmos ao que o homem produziu para abandonar a barbárie e atingir a civilização; e em seu aspecto biológico, quando se estuda a evolução das variadas formas de vida animal e vegetal existentes antes de as espécies vivas adquirirem a conformação que possuem atualmente.



    Os pesquisadores da Pré-história
    Os estudos da era pré-histórica é interdisciplinar e requer o trabalho de muitos especialistas. Por meio de escavações e pesquisas, os arqueólogos estudam os vestígios materiais (pontas de flechas, esculturas, ferramentas) e a partir disso descobrem informações sobre a vida do homem na Pré-história.

    Por sua vez, os geólogos contribuem com o estudo das formações do solo nos locais onde se realizam escavações. Procuram reconstituir o terreno, o clima e a paisagem onde viveu o homem do passado. São auxiliados pelo trabalho dos botânicos, que analisam os restos vegetais fossilizados (sementes, folhas, polens).


    Já os antropólogos estudam os fósseis humanos, pesquisando o homem pré-histórico em seu aspecto físico para traçar a "história" de sua evolução, indicando suas etapas. No âmbito cultural, eles podem, por meio da observação de povos primitivos atuais, elaborar hipóteses, por analogia, sobre o modo de vida do homem do passado, contribuindo. Neste último sentido, talvez seja melhor falar em etnólogos, deixando o título de antropólogo àqueles que se dedicam aos fósseis ossos, à antropologia física.



    Paleontólogos e bioquímicos
    O estudo dos fósseis animais fica por conta dos paleontólogos, que podem reconstituir a fauna da época, além de determinar, por exemplo, o tipo de bicho que era caçado por certo agrupamento humano no lugar onde se desenvolve a pesquisa. Com seus conhecimentos de radioatividade, os físicos e os químicos utilizam tecnologia avançada para determinar a idade de um fóssil ou um objeto, descobrindo, assim, a qual período histórico ele pertence.

    Finalmente, os bioquímicos e os biólogos analisam características genéticas dos seres humanos e de fósseis de diferentes localidades para encontrar explicações sobre como se processou a evolução da espécie humana. No quadro que segue, você poderá acompanhar a evolução da terra em tempos pré-históricos, levando em consideração especialmente o desenvolvimento dos seres vivos:
    Era Geológica
    Milhões de anos
    Acontecimento
    Era Cenozóica
    (65 milhões a.C. até atualidade)
    2,3Aparecem os primeiros membros do gênero Homo.
     4Surgem os primeirosAustralopithecus.
     23Aparecimento dos primeiros símios.
     54Primeiros mamíferos marinhos (baleias).
     60Primeiros primatas.
     65Evoluçõo dos mamíferos.
    Era Mesozóica (250 milhões a.C. até 65 milhões a.C.)65Desaparecimento dos dinossauros.
     140Primeiros pássaros.
     190Primeiros mamíferos.
     215Aparecimento dos dinossauros.
     250Proliferam as coníferas e as samambaias.
    Era Paleozóico (570 milhões a.C. até 250 milhões a.C.)300Surgem os primeiros répteis.
     355Formação das florestas tropicais.
     360Aparecimento dos anfibios.
     380Primeiros insetos.
     412Primeiras plantas terrestres.
     470Surgimento dos peixes
     500Primeiros vertebrados.
     570Invertebrados proliferam nos mares (esponjas, moluscos, crustáceos).
    Era Pré-Cambriana
    (4,6 bilhões a.C. até
    570 milhões a.C.)
    680Primeiros animais (vermes e celenterados).
     3.300Início da vida (algas primitivas).



    Extraído : http://educacao.uol.com.br/historia/pre-historia

    segunda-feira, 2 de abril de 2012

    Depressão nos EUA - A pobreza no centro do capitalismo










    “Os professores primários das escolas públicas deixaram de receber salários, os arquitetos viram seus negócios cair para um quinto do nível de 1928, milhões de pequenos comerciantes faliram, e os agricultores, especialmente nas culturas de produtos básicos, sofreram com extraordinária intensidade.
    A Depressão atirou para a pobreza e a ociosidade aqueles que trabalhavam em áreas marginais, sensíveis ao ciclo de negócios: barbeiros e cabeleireiros, pessoal de estabelecimentos recreativos, músicos, agentes de viagens, jardineiros etc. Para todos esses, a Depressão significou fome, desnutrição, doença, desmoronamento de planos e esperanças, uma descida as condições melancólicas e sombrias de ter de lutar para sobreviver.
    Como a América era o lugar onde o amor-próprio estava intimamente ligado à capacidade de ganhar dinheiro, o ônus psicológico de não ter lugar na economia foi pesado. Para milhões de americanos, a depressão significou o fim de um período útil de vida,precipitando um tempo de angústia.”

    OTTIS JÚNIOR, Graham. Anos da crise. In: Leuchtenburg, William E. O século inacabado – a América desde 1900. Rio de Janeiro, Zahar, 1976.

    domingo, 1 de abril de 2012

    A quinta-feira negra

    "Quinta- feira, 24 de outubro, é o primeiro dia em que a história identifica o início do pânico de 1929. Levando-se em conta a desordem, o medo e a confusão, merece ser considerado que 12.894.650 ações mudaram de mãos nesse dia, a maioria delas a preços que destruíram os sonhos e as esperanças de seus proprietários."

    J. K. Galraith, A crise econômica de 1929

    Al Capone e a Lei Seca

    Al Capone



    Integrado ao espírito isolacionista e conservador, em 1919 foi aprovada uma emenda à Constituição norte-americana - o Volstead Act ou " Lei Seca" - proibindo a produção e a venda de bebidas alcoólicas. Nessa época de boom econômico e de gangsteres, destacou-se Al Capone, dono da maior organização criminosa de Chicago e grande responsável pela venda clandestina de bebidas. A Lei Seca, no entanto, foi sendo desmoralizada, especialmente depois de encontraram na fazenda do senador Sheppard, justamente o autor dessa lei, uma destilaria de uísque. Em 1933, a lei foi revogada pelo presidente Franklin Roosevelt.

    A Lei Seca nos Estados Unidos

     Em janeiro de 1920, depois de uma intensa campanha de combate ao consumo do álcool nos Estados Unidos, foi ratificada a 18ª Emenda Constitucional, que proibia o consumo e venda de bebidas alcoólicas no país.
    "Nenhuma pessoa poderá, na data ou depois da data em que entrar em vigor a 18ª Emenda à Constituição dos Estados Unidos, fabricar, vender, trocar, transportar, importar, exportar, distribuir, entregar ou possuir qualquer bebida intoxicante exceto aquelas autorizadas por este ato."
    A proibição não trouxe os efeitos esperados. A fabricação clandestina de bebidas disseminou-se pelo país, gerando problemas de saúde, decorrentes da falta de fiscalização do produto consumido pela população.
    A proibição durou até 1933, quando a Lei Seca foi revogada.

    Policiais realizando apreensão de um carregamento clandestino



    sexta-feira, 30 de março de 2012

    A revolução Keynesiana

    " Rompendo com o pensamento liberal da época, John Maynard Keynes foi um defensor de doutrinas intervencionistas na economia. O impacto do seu pensamento sobre as teorias e as práticas econômicas do século XX constituiu para alguns uma verdadeira revolução.
    Embora considerasse a existência de forças de re-equilíbrio no campo econômico, em seu texto O Fim do Laisse- Faire (1926) e em alguns artigos preparatórios de sua obra intitulada Teoria Geral do emprego, do juro e da moeda (1936) , Keynes defendeu a tese de que esses mecanismos não são automáticos no longo prazo. Não confiava, portanto, na teoria do laisse-faire ("deixai fazer") na economia e sua "naturalidade".
    Segundo Keynes, os "impulsos" dos empresários muitas vezes iam contra o que era "natural", e até que houvesse um re-equilíbrio da situação, muitas vidas poderiam ser destruídas. O Estado precisava, portanto, intervir na economia onde fosse necessário, para garantir o equilíbrio e uma maior eficiência do sistema produtivo.
    Entre as idéias defendidas por Keynes, estava a de que cabia aos governos implantas políticas econômicas que garantissem o emprego dos trabalhadores. Ele também defendia uma redistribuição dos lucros , para que o poder aquisitivo dos consumidores aumentasse de forma proporcional ao desenvolvimento do meio produtivo."

    A crise de 1929 (Grande Depressão)









    Após a primeira guerra mundial (1918), os EUA eram o país mais rico do planeta. Além das fábricas de automóveis, os EUA também eram os maiores produtores de aço, comida enlatada, máquinas, petróleo, carvão….
    Nos 10 anos seguintes, a economia norte-americana continuava crescendo causando euforia entre os empresários. Foi nessa época que surgiu a famosa expressão “American Way of Life” (Modo de VidaAmericano). O mundo invejava o estilo de vida dos americanos.
    A década de 20 ficou conhecida como os “Loucos Anos 20”. O consumo aumentou, a indústria criava, a todo instante, bens de consumo, clubes e boates viviam cheios e o cinema tornou-se uma grande diversão.
    Os anos 20 foram realmente uma grande festa! Nessa época, as ações estavam valorizadas por causa da euforia econômica. Esse crescimento econômico (também conhecido como o “Grande Boom”) era artificial e aparente, portanto logo se desfez.
    De 1920 até 1929, os americanos iludidos com essa prosperidade aparente, compraram várias ações em diversas empresas, até que no dia 24 de outubro de 1929, começou a pior crise econômica da história do capitalismo.
    Vários fatores causaram essa crise:
    Superprodução agrícola: formou-se um excedente de produção agrícola nos EUA, principalmente de trigo, que não encontrava comprador, interna ou externamente.
    Diminuição do consumo: a indústria americana cresceu muito; porém, o poder aquisitivo da população não acompanhava esse crescimento. Aumentava o número de indústrias e diminuía o de compradores. Em pouco tempo, várias delas faliram.
    Livre Mercado: cada empresário fazia o que queria e ninguém se metia.
    Quebra da Bolsa de Nova York: de 1920 a 1929, os americanos compraram ações de diversas empresas. De repente o valor das ações começaram a cair. Os investidores quiseram vender as ações, mas ninguém queria comprar. Esse quadro desastroso culminou na famosa “Quinta-Feira Negra” (24/10/1929 – dia que a Bolsa sofreu a maior baixa da história).
    Se o valor das ações de uma empresa está desabando, o empresário tem medo de investir capital nessa empresa. Se ele investe menos, produzirá menos; se produz menos, então, não há motivo para tantos empregados, o que levará o empresário a demitir o pessoal.
    Muitos empresários não sobreviveram à crise e foram à falência, assim como vários bancos que emprestaram dinheiro não receberam de volta o empréstimo e faliram também.
    A quebra da bolsa trouxe medo, desemprego e falência. Milionários descobriram, de uma hora para outra, que não tinham mais nada e por causa disso alguns se suicidaram. O número de mendigos aumentou.
    A quebra da bolsa afetou o mundo inteiro, pois a economia norte-americana era a alavanca do capitalismo mundial. Para termos uma idéia, logo após a quebra da bolsa de Nova York, as bolsas de Londres, Berlin e Tóquio também quebraram.
    A crise fez com que os EUA importassem menos de outros países, como conseqüência os outros países que exportavam para os EUA, agora estavam com as mercadorias encalhadas e, automaticamente, entravam na crise.
    Em 1930, a crise se agravou. Em 1933, Roosevelt foi eleito presidente dos EUA e elaborou um plano chamado New Deal. O Estado passou a vigiar o mercado, disciplinando os empresários, corrigindo os investimentos arriscados e fiscalizando as especulações nas bolsas de valores.
    Outra medida foi a criação de um programa de obras públicas. O governo americano criou empresas estatais e construiu estradas, praças, canais de irrigação, escolas, aeroportos, portos e habitações populares. Com isso, as fábricas voltaram a produzir e vender suas mercadorias. O desemprego também diminuiu. Além disso, o New Deal criou leis sociais que protegiam os trabalhadores e os desempregados.
    Para acabar com a superprodução, o governo aplicava medidas radicais que não foram aceitas por muitas pessoas: comprava e queimava estoques de cereais, ou então, pagava aos agricultores para que não produzissem.
    O New Deal alcançou bons resultados para a economia norte-americana.
    Essa terrível crise que atravessou a década ficou conhecida como Grande Depressão.
    Os efeitos econômicos da depressão de 30 só foram superados com o inicio da Segunda Guerra Mundial, quando o Estado tomou conta de fato sobre a economia ajudando a ampliar as exportações. A guerra foi então, uma saída natural para a crise do sistema capitalista.
    Na década de 30, ocorreu a chamada “Política de Agressão (dos regimes totalitários – Alemanha, Itália e Japão) e Apaziguamento das Democracias Liberais (Inglaterra e França)”.
    A política de agressão culminou em 1939 quando a Alemanha nazista invadiu a Polônia dando por iniciada a Segunda Grande Guerra.


    Disponível em : http://www.infoescola.com/historia/crise-de-1929-grande-depressao/

    Alunos do Colégio Estadual Dom Luciano


    Professor Jaílton
    Alunos do 9º ano
    Alunos do 9º ano



    Alunos produzindo um cartaz solicitando a retirado do Brasil de uma possível guerra

    Resultado da atividade

    Resultado da atividade





    Filmes e História - Revolução Russa




    Doutor Jivago (1965, EUA)
    Direção: David Lean
    Atores: Omar Sharif, Julie Christie, Geraldine Chaplin,
    Rod Steiger e grande elenco.
          Filme romântico, baseado na obra de Boris Pasternak,
    que se desenvolve na época da Revolução Russa. Narra
    a história de um médio burguês que se apaixona pela mulher
    de um líder soviético. Recebeu 5 Oscars. (198 min)




    Encouraçado Potemkin (1925, URSS)
    Direção: Sergei Eisenstein
    Atores: A. Antonov, V. Basky, Grigory Alexandrov.
           Os tema do filme é o episódio verídico da revolta dos marinhei-
    ros russos contra a carne podre que lhes era servida. O filme foi
    realizado para comemorar o vigésimo aniversário da insurreição de
    1905 contra o czar Nicolau II. Pela técnica de criação de imagens,
    esse filme é considerado um dos mais importantes da história do ci-
    nema. (65 min)



    Agonia Rasputin (1975,URSS)
    Direção: Elem Klimov
    Atores: Alexei Petrenko, Anatoly Romashin, Velta Linne.
           Panorama histórico da Rússia do começo do século XX
    (1905 - 1919). Narra a influência de Rasputin sobre a família
    do czar Nicolau II. (149 min)










    Stalin (1992, EUA)
    Direção: Ivan Passer
    Atores: Robert Durval, Julia Ormond, Jeroen Krabbé,
    Joan Plowright, Daniel Massey.
          A longa trajetória do ditador soviético Stalin, desde
    o principio da Revolução Russa (1917) até sua morte em
    1953. (173 min)






    Os funerais de Lênin







    " A morte de Lênin, em 21 de janeiro de 1924, causou grande comoção na população soviética, e os dirigentes do país - Stálin e Kamenev - utilizaram-na para obter ganhos políticos. Os funerais de Lênin são então revestidos "de uma aura nada condizente com a personalidade do morto. Mais parece que sepultam um poderoso czar ou mesmo um hierarca ortodoxo. Nos funerais, todo uma ambientação mística. Mais tarde o corpo será embalsamado, e, para guardá-lo, um grandioso mausoléu é construído numa praça de Moscou.
    O que se pretende é impressionar o povo, com a instauração de um verdadeiro culto ao leninismo."

    ESTEVÃO, Carlos José. São Paulo, 1986.









    “Tropas francesas, inglesas, japonesas e norte-americanas  desembarcaram  no  país  em  socorro  aos 'brancos' contra o Exército Vermelho bolchevique,mergulhando a Rússia numa sangrenta guerra civil (1917-1921).
    À  quantidade de vítimas diretas das guerras (mundial e civil) acrescentou-se o número de pessoas que pereceram com  a  fome,  o  frio  e  as  epidemias,  gerando  um  total estimado entre 15 e 20 milhões de pessoas mortas de 1914  a 1921. Somente em 1920, mais de 3,5 milhões de  russos morreram devido a uma epidemia de tifo, e a cidade de Petrogrado,  que  já  possuíra  uma  população  próxima  a casa  dos  2  milhões,  passou  a  ter  menos  de  700  mil habitantes.”



    VICENTINO, Cláudio. Rússia: antes e depois da URSS. P. 5


    “No caso do fim da servidão, decidido a 18 de fevereiro de 1861, o Czar Alexandre II (1855 – 81) libertou 40 milhões de camponeses sem alterar substancialmente a estrutura fundiária tradicional, evitando o confisco generalizado e a redistribuição de terras, como reivindicavam os diversos movimentos populares russos.


    Mesmo a compra, por parte do governo, de propriedades que seriam distribuídas aos trabalhadores rurais livres dos nobres não conseguia a simpatia popular, pois as propriedades eram entregues as aldeias que, por sua vez, repassavam os lotes aos camponeses mediante a indenização ao Estado em prestações pagas durante 49 anos, transformando-os, na prática, em verdadeiros servos do Estado. Era um quadro de estímulo a tensão social,já que muitos desejavam bem mais que o conseguido e o czarismo optava por quase nada a ceder as reivindicações nacionais."

    VICENTINO, Cláudio.Rússia : antes e depois da URSS.

    Revolução Russa




    No século XIX, a Rússia juntamente com a Inglaterra, a França, a Alemanha e a Áustria, era uma das maiores potências européias, porém enquanto os outros países cresciam, faziam reformas e se industrializavam, a Rússia não se modernizava.
    A Rússia era considerada um país atrasado em relação aos demais. Sua economia baseava-se na agricultura. Os servos trabalhavam, mas os senhores feudais não tinham o menor interesse de modernizar as plantações.
    O país era governado pelo Czar (Imperador), que tinha poder absoluto, ou seja, todos estavam submetidos a ele, inclusive a Igreja Católica Ortodoxa.
    Entre os anos de 1854 e 1856, a Rússia entrou em guerra com a Inglaterra, França e Turquia (Guerra da Criméia), mas foi derrotada justamente por causa do atraso em que se encontrava o país.
    Então, o czar Alexandre II tomou algumas providências:
    - Aboliu a servidão
    - Vendeu terras aos camponeses
    - Mandou ocupar novas áreas agrícolas

    Tudo isso trouxe benefícios para o país que cresceu e se tornou exportador de grãos, além de ter favorecido o aumento da população. Esse aumento trouxe algumas conseqüências graves, como por exemplo, a dificuldade de se encontrar emprego e a baixa produtividade agrícola gerando fome e revolta.
    A saída encontrada pelo governo foi estimular um programa de industrialização, isso permitiu que muitos estrangeiros fossem para a Rússia e várias fábricas foram implantadas, conseqüentemente entre os anos de 1880 e 1900 e Rússia apresentou as maiores taxas de crescimento industrial.
    Enquanto o país se modernizava o absolutismo continuava intacto e isso causava descontentamento entre a população que se unia cada vez mais.
    Em 1904 a Rússia se envolveu em uma guerra contra o Japão. Este conflito desorganizou a economia piorando a situação dos operários e camponeses. A humilhação da derrota acirrou os ânimos contra o czar. No ano seguinte, os habitantes saíram em uma passeata a fim de entregar um abaixo-assinado ao Imperador pedindo melhoras nas condições de vida e a instalação de um parlamento. O czar respondeu com um massacre promovido por suas tropas, aumentando ainda mais a revolta do povo.
    Apesar de tudo, ele fez algumas concessões e dentre elas estava a instalação do parlamento (Duma).
    Entre os anos de 1907 e 1914, a Rússia voltou a ter uma aparente tranqüilidade, pois houve uma alta no crescimento industrial e os camponeses ganharam terras.
    Grande parte da oposição era socialista e se baseava nas idéias de Karl Marx, eles acreditavam que todos os problemas do país só acabariam se o capitalismo fosse abolido e o comunismo fosse implantado.
    Os comunistas se dividiam em dois grupos: Bolcheviques e Mencheviques.
    - Bolcheviques: queriam derrubar o czarismo pela força, eram liderados por Lênin.
    - Mencheviques: propunham a implantação do socialismo através de reformas.

    Com o advento da Primeira Grande Guerra (1914) o povo russo se sentiu na obrigação de lutar, porém o combate trouxe algumas conseqüências:
    - Desorganização da economia
    - Fome, pobreza e racionamento
    - Saques, passeatas e protestos contra o czar
    - Renúncia do czar em 1917 diante da pressão popular

    A deposição do Imperador não trouxe tranqüilidade aos russos, pelo contrário, o conflito passou a se dar entre os elementos da oposição.
    Com a derrubada do czar, o governo provisório (cujos membros se identificavam com os interesses da burguesia russa) assumiu o poder. Esse governo adotou algumas medidas, como:
    - Anistia para presos políticos
    - Liberdade de imprensa
    - Redução da jornada de trabalho para 8h.

    Estas medidas agradaram à burguesia, mas os camponeses (queriam terras) e operários (queriam melhores salários) não gostaram.
    Os bolcheviques, aos poucos, se tornaram os porta-vozes de todas essas reivindicações.
    Os sovietes eram organizações políticas que nasceram no seio das camadas populares e representavam os interesses dos trabalhadores. Assim, havia os sovietes de operários, de camponeses e de soldados. Expressavam uma forma de poder popular em oposição ao governo provisório e se tornaram decisivos nos rumos políticos do país.
    Alguns grupos viam nos bolcheviques a solução pra diversos problemas.
    Lênin apoiado pelos sovietes e por uma milícia popular conquista a capital obrigando o governo provisório a renunciar e assumindo o governo em 1917. Eles acreditavam que só o comunismo poderia trazer felicidade para os russos. No poder, eles tentaram realizar e criar uma sociedade onde todos fossem iguais e livres.
    Para realizar esse sonho, foram tomadas várias medidas:
    - As terras da Igreja, nobreza e burguesia foram desapropriadas e distribuídas aos camponeses
    - Quase tudo se tornou propriedade do estado (fábricas, lojas, diversões, bancos,etc)

    A idéia dessas medidas era criar igualdade entre os homens, pois, segundo o Marxismo, sem propriedade não haveria exploradores e explorados.
    Várias foram as dificuldades que surgiram durante o governo e o novo regime se tornava mais autoritário, distanciando cada vez mais o sonho de criar uma sociedade onde todos fossem livres e iguais.
    Em 1921, foi permitido ao povo a abertura de pequenos negócios, pois a sociedade precisava ser estimulada. Os camponeses voltaram a produzir para vender no mercado e as grandes empresas estatais passaram a considerar as necessidades de consumo do povo.
    Esta série de medidas ficou conhecida como Nova Política Econômica (NEP) e teve resultados satisfatórios no campo econômico, porém no campo social não foi tão bom assim.
    No campo, surgiram camponeses ricos que pagavam um salário para outros camponeses. Para os comunistas essa atitude representava a volta da exploração capitalista.
    Nas cidades, os grandes empresários lucravam com essa nova economia e isso fortaleceu o aumento das desigualdades sociais.
    Em termos políticos o poder ficou nas mãos do Partido Comunista. Outros partidos (inclusive os demais partidos comunistas) e os sindicatos foram proibidos de funcionar.
    Após a morte de Lênin, Trotsky (chefe do exército) e Stálin foram os dois líderes que disputaram o poder. Stálin saiu vencedor.
    Decidido a industrializar o país, ele só podia contar com dinheiro que vinha da agricultura, já que não podia fazer empréstimos internacionais por causa da pobreza em que o país se encontrava.
    Para aumentar a produtividade, foram criadas as fazendas coletivas e muitos camponeses foram obrigados a entregar o gado e as terras ao estado para trabalharem (contra a vontade) nestas fazendas.
    Nas fábricas, os operários foram proibidos, sob ameaça de morte, de fazer greve ou mudar de emprego. Apesar disso, as metas de Stálin foram alcançadas e a União Soviética passou por um processo de modernização e industrialização. Porém, o totalitarismo implantado por Stálin na URSS mantinha um rígido controle sobre a imprensa e a cultura em geral.

    Disponível em :http://www.infoescola.com/historia/revolucao-russa/

    O calendário e a revolução

             No começo do século XX, a Rússia czarista ainda utilizava o calendário juliano - Instituído por Júlio César em 45 a. C. No ocidente adotava-se o calendário gregoriano, instaurado pelo papa Gregório XIII, em 1502, e que se diferenciava em 13 dias do juliano. Assim, a Revolução Russa de fevereiro - iniciada em 23 - em nosso calendário seria Revolução de março (8 de março), do mesmo modo que a Revolução de outubro, para nós, seria novembro.
          O calendário ocidental só foi adotado na Rússia em 1918, já sob o regime comunista. 

    Filmes e História

    Filmes sobre Primeira Guerra Mundial





    Gallipoli (1981, Austrália)
    Direção: Peter Weir
    Atores: Mel Gibson, Mark Lee, Bill Kerr
         Durante a Primeira Guerra Mundial, em 1915, dois
    corredores australianos iniciam comovente amizade ao 
    ingressar na Brigada Ligeira. (110 min)






    Lawrence da Arábia (1962, Inglaterra)
    Direção: David Lean
    Atores: Peter O' Toole, Omar Sharif, Arthur
    Kennedy, Alec Guiness, Anthony Quinn
         Militar arqueólogo e escritor, T.E. Lawrence, apaixona-se
    pelo mundo árabe e renuncia à brilhante carreira no exército
    britânico. Luta ao lado dos árabes na Primeira Guerra Mundial.
    Laureado com sete Oscars. (206 min)




    quinta-feira, 29 de março de 2012

    Os Eua embalados pelo jazz

              " Foi exatamente durante a Primeira Guerra Mundial que floresceu e se divulgou com maios intensidade a música negra nos EUA: o jazz e o blues. Por essa época, esses gêneros entraram para o repertório da música popular americana.
               Os Eua viviam seus dias de glória. A dança agitava os salões, principalmente aquelas que tivessem características menos convencionais, como a valsa que predominou no século XIX. Houve uma verdadeira busca de ritmos e sons diferentes, emocionantes, como africanos e latino-americanos.
               Também nesse período, o foxtrote abriu caminho para a música pop. Virou moda ouvir músicos negros, solos de bateria e cantores de blues, fazendo surgir inúmeras bandas, que viajaram por todo país tocando seus saxofones.
               O interessante dessa moda é que , desde o início, ela gerou muita polêmica. Foi defendida entusiasticamente pelos intelectuais, que viam nela a música do futuro. E foi combatida pelos moralistas e religiosos, que a atacavam como sendo produto do submundo ou das classes inferiores.
               Na verdade, o jazz e o blues conseguiram espaço e se espalharam por todo mundo com muita rapidez, auxiliados pelo gramofone e pela prosperidade dos 'anos felizes' do capitalismo americano."


    Fonte: HOBSBAWN, Eric J. História Social do jazz. Rio de Janeiro, Paz e terra,1990.



    Louis Armstrong (1900-1971), cantor, chefe de orquestra e brilhante trompetista norte-americano, foi o grande responsável pela universalização do jazz.