segunda-feira, 2 de abril de 2012

Depressão nos EUA - A pobreza no centro do capitalismo










“Os professores primários das escolas públicas deixaram de receber salários, os arquitetos viram seus negócios cair para um quinto do nível de 1928, milhões de pequenos comerciantes faliram, e os agricultores, especialmente nas culturas de produtos básicos, sofreram com extraordinária intensidade.
A Depressão atirou para a pobreza e a ociosidade aqueles que trabalhavam em áreas marginais, sensíveis ao ciclo de negócios: barbeiros e cabeleireiros, pessoal de estabelecimentos recreativos, músicos, agentes de viagens, jardineiros etc. Para todos esses, a Depressão significou fome, desnutrição, doença, desmoronamento de planos e esperanças, uma descida as condições melancólicas e sombrias de ter de lutar para sobreviver.
Como a América era o lugar onde o amor-próprio estava intimamente ligado à capacidade de ganhar dinheiro, o ônus psicológico de não ter lugar na economia foi pesado. Para milhões de americanos, a depressão significou o fim de um período útil de vida,precipitando um tempo de angústia.”

OTTIS JÚNIOR, Graham. Anos da crise. In: Leuchtenburg, William E. O século inacabado – a América desde 1900. Rio de Janeiro, Zahar, 1976.

domingo, 1 de abril de 2012

A quinta-feira negra

"Quinta- feira, 24 de outubro, é o primeiro dia em que a história identifica o início do pânico de 1929. Levando-se em conta a desordem, o medo e a confusão, merece ser considerado que 12.894.650 ações mudaram de mãos nesse dia, a maioria delas a preços que destruíram os sonhos e as esperanças de seus proprietários."

J. K. Galraith, A crise econômica de 1929

Al Capone e a Lei Seca

Al Capone



Integrado ao espírito isolacionista e conservador, em 1919 foi aprovada uma emenda à Constituição norte-americana - o Volstead Act ou " Lei Seca" - proibindo a produção e a venda de bebidas alcoólicas. Nessa época de boom econômico e de gangsteres, destacou-se Al Capone, dono da maior organização criminosa de Chicago e grande responsável pela venda clandestina de bebidas. A Lei Seca, no entanto, foi sendo desmoralizada, especialmente depois de encontraram na fazenda do senador Sheppard, justamente o autor dessa lei, uma destilaria de uísque. Em 1933, a lei foi revogada pelo presidente Franklin Roosevelt.

A Lei Seca nos Estados Unidos

 Em janeiro de 1920, depois de uma intensa campanha de combate ao consumo do álcool nos Estados Unidos, foi ratificada a 18ª Emenda Constitucional, que proibia o consumo e venda de bebidas alcoólicas no país.
"Nenhuma pessoa poderá, na data ou depois da data em que entrar em vigor a 18ª Emenda à Constituição dos Estados Unidos, fabricar, vender, trocar, transportar, importar, exportar, distribuir, entregar ou possuir qualquer bebida intoxicante exceto aquelas autorizadas por este ato."
A proibição não trouxe os efeitos esperados. A fabricação clandestina de bebidas disseminou-se pelo país, gerando problemas de saúde, decorrentes da falta de fiscalização do produto consumido pela população.
A proibição durou até 1933, quando a Lei Seca foi revogada.

Policiais realizando apreensão de um carregamento clandestino