segunda-feira, 2 de abril de 2012

Depressão nos EUA - A pobreza no centro do capitalismo










“Os professores primários das escolas públicas deixaram de receber salários, os arquitetos viram seus negócios cair para um quinto do nível de 1928, milhões de pequenos comerciantes faliram, e os agricultores, especialmente nas culturas de produtos básicos, sofreram com extraordinária intensidade.
A Depressão atirou para a pobreza e a ociosidade aqueles que trabalhavam em áreas marginais, sensíveis ao ciclo de negócios: barbeiros e cabeleireiros, pessoal de estabelecimentos recreativos, músicos, agentes de viagens, jardineiros etc. Para todos esses, a Depressão significou fome, desnutrição, doença, desmoronamento de planos e esperanças, uma descida as condições melancólicas e sombrias de ter de lutar para sobreviver.
Como a América era o lugar onde o amor-próprio estava intimamente ligado à capacidade de ganhar dinheiro, o ônus psicológico de não ter lugar na economia foi pesado. Para milhões de americanos, a depressão significou o fim de um período útil de vida,precipitando um tempo de angústia.”

OTTIS JÚNIOR, Graham. Anos da crise. In: Leuchtenburg, William E. O século inacabado – a América desde 1900. Rio de Janeiro, Zahar, 1976.

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