sexta-feira, 30 de março de 2012



“No caso do fim da servidão, decidido a 18 de fevereiro de 1861, o Czar Alexandre II (1855 – 81) libertou 40 milhões de camponeses sem alterar substancialmente a estrutura fundiária tradicional, evitando o confisco generalizado e a redistribuição de terras, como reivindicavam os diversos movimentos populares russos.


Mesmo a compra, por parte do governo, de propriedades que seriam distribuídas aos trabalhadores rurais livres dos nobres não conseguia a simpatia popular, pois as propriedades eram entregues as aldeias que, por sua vez, repassavam os lotes aos camponeses mediante a indenização ao Estado em prestações pagas durante 49 anos, transformando-os, na prática, em verdadeiros servos do Estado. Era um quadro de estímulo a tensão social,já que muitos desejavam bem mais que o conseguido e o czarismo optava por quase nada a ceder as reivindicações nacionais."

VICENTINO, Cláudio.Rússia : antes e depois da URSS.

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